domingo, 19 de dezembro de 2010

Viva a democracia (7)




R$ 20 milhões para dizer Tchau. Caro né?!

Nunca antes na história desse país se praticou um ato tão obsceno às custas do espoliado contribuinte.
Como se a chamada mídia espontânea não fosse se desdobrar em noticiários, mesuras e rapapés, o presidente que se vai tinha que fazer o auto elogio na saída.
A campanha publicitária de 'despedida' do presidente custou a bagatela de 'apenas' R$ 20 milhões de reais, ou nada menos que 39.215,686 salários mínimos em valores atuais.
As 'peças publicitárias' falam sobre o crescimento econômico dos últimos anos, e ressaltam números sobre redução da desigualdade social.

"Comida na mesa, carteira assinada, crianças na escola, vida no rumo. Estamos vivendo o Brasil de todos", diz uma das duas propagandas veiculadas em revistas. Na outra peça, o texto diz: "Está no número, está no dia a dia dos brasileiros. Estamos vivendo o Brasil de todos".

Isso é o que diz a propaganda hábilmente criada pelos 'marketeiros' oficiais, que não se cansam de utilizar a mídia insistindo em uma vâ tentativa de contrariar a realidade que se mostra nas ruas, nos bairros, nas cidades, nos hospitais e nas escolas por todo o país.
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), estão sendo divulgadas em 325 veículos de comunicação pelo País.
A verba para publicidade institucional da Presidência, que tem como objetivo divulgar ações e projetos do governo federal, foi orçada em R$ 167 milhões neste ano.
Segundo o sistema de execução orçamentária das contas do governo, até agora já foram empenhados (comprometidos) R$ 165 milhões.
Em todo o ano passado, foram usados R$ 159 milhões com esse mesmo tipo de propaganda.
Segundo dados da Secom, foi gasto, até a primeira semana de dezembro, R$ 1,1 bilhão com propaganda em mídia da administração direta e indireta do governo federal – no ano passado foi R$ 1,6 bilhão.
O total não inclui publicidade legal (divulgação de balanços), gastos com produção de comerciais e eventos.
A maior parte dos recursos foi destinada às emissoras de televisão (R$ 707 milhões). Depois vieram os jornais (R$ 100 milhões), as rádios (R$ 99 milhões) e as revistas (R$ 82 milhões).
O Ministério da Saúde foi a pasta que, até agora, usou mais recursos: R$ 137 milhões, seguido pelo Ministério das Cidades, R$ 60 milhões.

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