sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Viva a Democracia! (5)




Os dois lados da moeda

Lado A - A cobrança - A carga tributária ( relação entre o que o governo arrecada em impostos e a quantidade de riqueza produzida no país)suportada pelo contribuinte brasileiro chegou a 37,1%, fazendo com que o país ocupe o 14º lugar no ranking dos países com maior carga tributária.
Na Dinamarca é de 48,2%, na Suécia 46,4%, Itália 43,5% e na Bélgica 43,2%.
Detalhe: Esses países prestam aos seus contribuintes serviços públicos de qualidade, garantindo à sua população saúde, segurança, educação, previdência social, boas estradas, reembolso de medicamentos, auxílio moradia e outros.
No Brasil, a população precisa trabalhar 150 dias para custear a cobrança de tributos por parte do governo e outros quase cinco meses somente para pagar, ao setor privado da economia, os serviços públicos essenciais que o governo deveria garantir-lhe, pois é essencialmente para isto que os tributos são pagos, e pelas somas envolvidas, recursos não faltam.

Confira a evolução da carga tributária no Brasil desde a edição do Plano Real: Dados da Receita Federal.

* Em 1994 = 29,46% do PIB;
* Em 1995 = 37,3% do PIB;
* Em 1996 = 28,97% do PIB;
* Em 1997 = 29,03% do PIB;
* Em 1998 = 29,74% do PIB;
* Em 1999 = 32,15% do PIB;
* Em 2000 = 33,18% do PIB;
* Em 2001 = 34,7% do PIB;
* Em 2002 = 36,45% do PIB;
* Em 2003 = 34,92% do PIB;
* Em 2004 = 35,88% do PIB;
* Em 2005 = 37,37% do PIB;
* Em 2006 = 34,23% do PIB.
* Em 2007 = 35,3% do PIB.
* Em 2008 = 36,54% do PIB.
* Em 2009 = 34,85% do PIB.

Lado B - O gasto - Um congressista custa muito, muito caro! O próximo mandato de cada deputado federal custará aos cofres públicos entre R$ 116 mil a R$ 131 mil. O de senador, de R$ 130 mil a R$ 159 mil por mês.
O custo total da farra - somente com a remuneração dos congressistas, pode chegar a quase R$ 1 bilhão por ano!
E ainda há os benefícios! Tais como o uso ilimitado de telefone celular e plano de saúde, e as impressões de materiais no exercício do mandato.
O salário de cada um dos deputados e senadores é de R$ 26.723,13 mensais, e eles ainda terão direito a 14º e 15º salários! Todos os anos!
Além do salário, os 81 senadores têm direito à verba indenizatória de R$ 15 mil, verba para transporte aéreo de até R$ 27 mil, cota de telefone fixo (R$ 1 mil), celular (ilimitado), auxílio-moradia (R$ 3,8 mil) e combustível (R$ 520), entre outros benefícios.
E tem mais! Congressistas, ex-congressistas (mediante o pagamento mensal de R$ 200), cônjuges e dependentes têm direito a um plano de saúde que reembolsas despesas médicas e odontológicas ilimitadas.
O benefício inclui o pagamento de cirurgias e tratamento médico no exterior.

Só para lembrar... São 513 deputados e 81 senadores. O número exato de servidores à disposição desses senhores é rigorosamente desconhecido.
Dá para imaginar agora qual será o resultado financeiro se for incluido na conta os milhares de deputados estaduais e respectivos servidores? E as dezenas de milhares de vereadores e respectivos servidores?
Isso para ficar somente na avaliação do poder legislativo dos três níveis.
Uma quantidade inimaginável de parasitas vivendo e se locupletando às custas do contribuinte. Para que mesmo tudo isso?!

Como é nos países ricos? Sabe-se que no Parlamento britânico, cada um dos 650 deputados da Câmara dos Comuns recebe um salário básico equivalente a 5.478 libras por mês (cerca de R$ 14.541).
Nos Estados Unidos, deputados e senadores recebem um salário básico equivalente a US$ 14.500 por mês (cerca de R$ 24.700).
Os argentinos ganham um salário básico mensal de 10.600 pesos (cerca de R$ 4.540), enquanto os senadores recebem cerca de 16 mil pesos mensais (R$ 6.850).
Os italianos recebem salários equivalentes a R$ 22.350 mensais.
Na outra ponta, a Espanha tem os menores salários de parlamentares - o equivalente a R$ 6.466 mensais, seguida de Suécia (R$ 9.469) e Noruega (R$ 9.649).
Mesmo triplicados recentemente, os salários dos parlamentares indianos elevou-se para 50 mil rupias mensais, ou o equivalente a R$ 1,8 mil mensais.

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