terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Enriqueça por seus próprios meios (Parte 2)




"Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez"

'Ficar rico!'. Esse é desejo da maior parte das pessoas mas, se pedirmos a cada uma delas para definir o que é 'ser rico', a maior parte vai engasgar e uns poucos dirão: Ser rico é ter dinheiro!
Na verdade, a coisa é um pouco mais profunda e um tantinho mais complexa mas, tomemos como referência que ter dinheiro é o primeiro passo e a partir daí, claro, vamos em frente.
Se ficar rico significa ter dinheiro então o caminho está aberto e, se para ter dinheiro é preciso ganhar, administrar receitas e despesas, acumular, poupar, aplicar, acumular mais e aplicar mais, isso já explicamos no post anterior sobre o tema.
A partir daí, 'manter-se rico' passa a ser o mais importante e, para tanto, é essencial saber o que fazer com o dinheiro.
Não são raros os exemplos de pessoas que, depois de acumular recursos por toda uma vida, ou ganharem uma bolada em algum prêmio lotérico, perderam tudo numa só tacada por puro despreparo. Simplesmente não sabiam o que fazer com o dinheiro. Exceto gastá-lo sem considerar que dinheiro também acaba!
Ser rico é ter dinheiro. Ok! E ter dinheiro é saber o que fazer com ele para que se multiplique. Simples? Talvez. Mas o fato é que poucos levam isso em conta, e é exata e precisamente por isso que poucos são ricos.
'O olho do dono é que engorda o porco'. Esse é o adágio popular recitado como um mantra por todos aqueles que aprenderam a importância do conhecimento na administração de recursos financeiros.
Se por um lado bancos e consultorias financeiras oferecem atendimento especializado para quem tem recursos a aplicar, por outro é importante conversar de 'igual para igual' com essa gente, pois oferecer o melhor rendimento no menor prazo parece ser a especialidade deles, mas nem sempre isso é o melhor para o dono do dinheiro.
Saiba que 'Eles ganham muito dinheiro - enriquecem, se propondo a cuidar do seu dinheiro!'
Aplicar recursos requer um mínimo de conhecimento, capacidade de análise, planejamento de tempo, e sangue frio para se expor a riscos com conhecimento de causa.
A variedade de alternativas disponíveis no mercado financeiro é grande, e cada uma delas se subdivide em segmentos mas, todas tem algo em comum: Pagam taxas de administração e são tributadas.
Quando um investidor decide entregar seus recursos para um banco que promete pagar x de rendimento no prazo y, você precisa saber qual será o rendimento real - e quanto receberá no resgate da aplicação, pois ao final poderá descobrir que, deduzidos taxas e impostos, seus rendimentos foram negativos, isto é, inferiores à inflação verificada no período.
Mas por que isso acontece? Simples. A isca é o vantajoso rendimento nominal. Isso enche os olhos do incauto que só vê cifrões, engordando a carteira dos bancos e enchendo os cofres do governo.
Rico que se preza não se deixa enrolar tão fácilmente. Exige explicações detalhadas, só decide quando se convence, e acompanha de perto o desenrolar dos acontecimentos.
Rico investe para ganhar! Aplica certo e multiplica seu dinheiro!

Como você se define enquanto investidor?

Escolher o melhor tipo de aplicação financeira depende de três variáveis: 1)-O perfil do investidor, 2)-O valor disponível para aplicação e, 3)-O tempo que o dinheiro ficará aplicado.
Para definir seu perfil basta analisar em três conceitos qual deles é o mais importante para sua realidade: Segurança, rentabilidade e liquidez.
Se a segurança é o mais importante, então deve aceitar que a rentabilidade será menor independente do prazo da aplicação.
Se a rentabilidade é o mais importante então deve entender que correrá mais riscos e terá de manter seu capital girando por maior tempo.
Se a liquidez é o fator mais importante, então, melhor reler a primeira matéria, e passar mais uns dois anos poupando e acumulando para depois tentar vôos mais altos utilizando apenas parte do capital.
Rico que se preza é bom investidor e, como tal, tem conhecimento para saber posicionar seus conceitos e, assim, saber a hora certa para buscar a segurança ou expor-se aos riscos!

Hora da definição: Para onde vai mandar seu dinheiro?

A segurança que rende pouco.

As modalidades mais conservadoras de investimento, e com menor risco, como a poupança, o Tesouro Direto e o ouro devem se destacar nos próximos meses, pois a instabilidade ecônomica gerada pelas crises recentes ainda assustam os investidores.
Quando isso acontece, os donos do dinheiro procuram a segurança para preservar seus recursos, mas isso pode abrir grandes oportunidades, como explicaremos mais adiante.
Em 2010 a poupança bateu o recorde de captação e fechou o ano com um rendimento de 6,9%. A grande vantagem aqui é a isenção do Imposto de Renda, a ausência de taxas administrativas e a garantia do Governo.
Somadas, essas vantagens de certa forma compensam o baixo rendimento e dão ao investidor um tempo para respirar enquanto espera a 'poeira baixar', mantendo seus recursos em segurança.
Quem já é rico sabe a importância de se proteger mas, quem ainda está enriquecendo precisa saber enfrentar os riscos... E ganhar com isso!

O rendimento de baixo risco.

Para os investidores que procuram aplicações com algum risco e boa rentabilidade a opção está nos fundos DI. Os rendimentos médios desses investimentos no ano passado foram 9,66% e 9,97%, respectivamente.
Os fundos DI são mais adequados para faixas de aplicações mais significativas, algo em torno de R$10 mil ou mais, mas podem ser uma boa opção para valores a partir de mil reais.
Para longo prazo, eles são importantes na composição da carteira do investidor. Os fundos DI são a aplicação com menor risco no mercado, são rentáveis e contêm em suas carteiras títulos pós-fixados do Governo Federal.
A rentabilidade da aplicação em fundos depende do período de investimento e da taxa negociada com o banco, que são melhores para valores acima de R$ 50 mil.
Considere também que períodos mais curtos têm uma incidência maior de Imposto de Renda e isso, ao final, significa menor rentabilidade.
Para aplicações de até 180 dias, o IR é de 22,5%. Entre 181 e 360 dias é de 20%. Se a aplicação ficar mais de 361 e até 720 dias a alíquota do imposto cai para 17,5%. Os investidores que mantêm os recursos aplicados por mais de 720 dias pagam 15% de Imposto de Renda.
Para quem vai aplicar no fundo DI por menos de seis meses, a taxa de administração e o desconto do Imposto de Renda deixam, certamente, o rendimento menor.
É recomendável não mexer no dinheiro aplicado nos primeiros 30 dias. Se isso ocorrer, o investidor paga IOF, uma taxa decrescente que pode variar de 0% a 60% de desconto. Após 30 dias, o saque é livre.
Quem já é rico sabe o que quem está enriquecendo precisa aprender: Não se coloca todos os ovos numa mesma cesta!

Compre na baixa e venda na alta.

Investir em ações é coisa para jogadores! Isso soava como verdade no tempo de nossos avós, para os quais a única forma honesta de ganhar dinheiro era trabalhando duro de sol a sol.
Investir em ações é coisa para quem tem nervos de aço! Isso soava como verdade no tempo dos nossos pais, já que o insumo básico no mercado financeiro - a informação, era restrita a um clube fechado, que enriquecia às custas do trabalho alheio.
Investir em ações é coisa para quem tem acesso a informações, conhece o mercado, dispõe de um mínimo de capital e quer ficar rico! Essa é a única verdade!
Para os investidores de perfil mais arrojado, que buscam maior rentabilidade e estão dispostos a correr riscos, o mercado de ações oferece um amplo campo de caça.
Mas, atenção! Aqui, o que conta é o conhecimento aliado à serenidade! Ganha mais quem comete menos erros e o tempo é um aliado importante.
O mercado de ações teve um rendimento expressivo nos últimos anos. Desde 2003, o índice Ibovespa teve alta de 295%.
No ano passado, no entanto, o ganho foi de 1,04%, mas as ações da Vale, por exemplo, tiveram uma valorização de 11,8% no período.
Basta ter um mínimo de conhecimento para saber que, por conta da Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos no Rio em 2016, as ações das empresas do setor de infraestrutura, tecnologia, e de serviços, têm grandes chances de valorização.
Outros setores que também estão em alta no Brasil: O de petróleo, o de energia, e o de comunicações. Sendo assim, as empresas do segmento - especialmente as mais novas, oferecem boas perspectivas de valorização no médio e longo prazos.
Investir em ações pode sim gerar fortunas consideráveis em prazos exíguos mas, para tanto, é fundamental estar bem informado.
Basta um sinal de crise para que os investidores que buscam a segurança se desfaçam de suas ações, gerando um movimento de baixa - hora de comprar, e basta um sinal de recuperação da economia para que retornem ao mercado gerando a alta - hora de vender. Conhecer esse mecanismo, e saber a hora exata de explorá-lo ao máximo - comprando ou vendendo, é o 'toque mágico' capaz de enriquecer um investidor em tempo record.
Acompanhar de perto as cotações da bolsa de valores pode não ser a coisa mais instigante a se fazer mas, se a idéia é enriquecer, vale o sacrifício?
Quem é rico sabe que 'saber mais que o outro' pode fazer a diferença entre ganhar e lucrar!

Aplicação no Tesouro Direto pela internet

O mercado financeiro é tão competitivo, e a caçada ao capital de investimento é tamanha, que até o próprio Governo Federal entrou na corrida! É possível aplicar no Tesouro Direto desde 2002.
Quem quer segurança e tranqüilidade em seus investimentos pode recorrer a esse mecanismo, um programa de venda de títulos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC.
A operação é simples, e com cerca de R$ 100,00 já se pode iniciar uma aplicação. As transações podem ser feitas pela Internet. Veja em www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto.
Você mesmo vai gerenciar seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou longo prazo. É uma opção para quem quer investir com baixo custo, alta rentabilidade e liquidez quase imediata.
Sempre que você precisar, poderá resgatar os títulos antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra de seu título todas as quartas-feiras.
Caso não queira gerenciar pessoalmente seus investimentos, você pode autorizar uma das instituições financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto (Agentes de Custódia) para efetuar compras e vendas dos títulos públicos.
O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes no mercado.
As taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou vencimento do título (quanto aos títulos que pagam cupom de juros, também é descontado Imposto de Renda no pagamento do cupom).
No ano passado o Tesouro Direto bateu recorde e teve mais de 210 mil investidores. O rendimento médio, nos últimos 12 meses, foi de 12,4%.
Rico que se preza estuda as novidades para saber o que pode ganhar com elas. O limite de aplicação aqui é de R$ 400.000,00. Quase meio milhão! Convenhamos. Isso já é coisa de rico. Não é?!

Mercado de moedas: Dólar e euro deram prejuízo no ano passado.

Investir no mercado de câmbio é coisa bem mais complexa, envolve conhecimentos mais amplos e maiores riscos, além de exigir capital maior e prazo mais longo para se obter ganhos significativos.
Quem optou por investir as economias em moedas estrangeiras fechou o ano de 2010 amargando um prejuízo considerável. A queda do dólar foi de 4,31% e a do euro, 11,74%. Mas isso não é nenhuma tragédia. Ao contrário. Pode ser uma grande oportunidade para se auferir ganhos consideráveis!
A moeda americana terminou o ano cotada a R$ 1,667 e o euro a R$ 2,213. O real teve uma valorização bastante expressiva frente ao dólar no ano passado.
Quem escolheu investir no câmbio perdeu. Porém, é certo que o governo vá ser forçado a fazer alguma coisa para equilibrar a situação.
O dólar em baixa traz reflexos negativos para a economia brasileira. As empresas que dependem de exportação perdem muito. Além disso, fica muito difícil manter a concorrência com os produtos importados. Tudo somado pode afetar a economia e gerar um 'efeito cascata' que terminará em crise e desemprego. Por isso, pode-se acreditar numa recuperação do dólar.
Já o euro deve demorar mais para se valorizar. A queda da moeda européia foi mais expressiva e a economia na Europa ainda é uma incerteza.
O investidor que iniciou o ano com as economias investidas em moeda estrangeira vai precisar de sangue frio e paciência, para esperar a roda girar e buscar reverter o quadro.
Quem é rico sabe que perder faz parte do jogo mas, também sabe que sempre é possível reverter o quadro e transformar perdas em ganhos. Na maior parte das vezes é só questão de tempo e, quem pode esperar, também pode ganhar!

Rico tem, investe, ganha e usufrui!

É rico de verdade aquele que sabe a diferença entre 'ser rico' e 'ter dinheiro'. Rico não se deixa escravizar pelo dinheiro e nem usa o dinheiro para escravizar a outrem.
Rico tem o bastante para se manter com conforto e segurança, investe o que sobra, ganha com isso, e sempre usufrui do que tem.
Para um poeta 'ser rico' é ter amigos, para um rico 'ser poeta' é não precisar se preocupar com o amanhã. Bem, certamente alguém terá de pagar pelo vinho com o qual brindaremos a poesia e a amizade. A propósito, ações de vinículas também são bom investimento e aí, até para brindar um rico pode ganhar!

PS.: Quem tiver dúvidas e desejar aprofundar o assunto pode mandar sua mensagem para haroldolago@hotmail.com

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