segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Enriqueça por seus próprios meios!




"Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez"

Há dezenas de conceitos para se definir o que é ‘ser rico’ mas, como a maioria aceita apenas que ‘ser rico’ é ‘ter dinheiro’, decidi aceitar o desafio de sintetizar o tema sem descambar para o piegas e nem recorrer ao economês ininteligível, e oferecer a algumas poucas amigas que me solicitaram – e através desse blog compartilhar com quem desejar, alguns conselhos que poderão ajudar pessoas na árdua tarefa de realizar tal objetivo e, tendo dinheiro, ser – ou sentir-se, rico.
Advirto que não lançarei mão de dicas de auto-ajuda, e nem de ‘conselhos’ obtidos através de livrinhos cuja única utilidade é ajudar seus autores a ganhar um dinheirinho extra, e facilitar a própria busca da riqueza.
Os apressados podem parar de ler aqui mesmo! Enriquecer implica em acumular, e isso demanda tempo. Em se tratando de finanças, tempo se mede em curto prazo – um ano, médio prazo – 5 anos, e longo prazo – uma década.

01)- Aprenda a lidar com dinheiro.

Ganhar todos ganham, o que varia é a quantidade. A grande questão é o que fazem com o que ganham. Para ter dinheiro é preciso poupar e para poupar é preciso administrar os ganhos controlando os gastos e investindo as sobras. Antigamente, bastava gastar menos do que se ganhava e depositar a diferença na poupança. Não conheço ninguém que tenha enriquecido agindo assim! Atualmente, com a vida moderna acrescentando tantos gastos, a receita é uma só: Ganhar mais do que se precisa! E isso só é possível determinando as necessidades e subordinando as vontades ao objetivo.

02)- Defina seu objetivo e estabeleça metas.

Falando é fácil. Praticando é complexo. O objetivo é acumular um patrimônio financeiro e a meta é: Em quanto tempo? Uma semente gera uma árvore e um óvulo gera um ser humano. Mas leva tempo né? Então tenha ‘duas’ sementes, mais precisamente duas cédulas de R$ 100,00. Duzentos reais. Esse é o ponto de partida. Proponha-se a separar essa quantia mensalmente durante 12 meses e deposite-a numa modesta caderneta de poupança, tomando o cuidado de escolher um banco sólido e confiável.
Se fosse a prestação do carro você não deixaria de pagar por medo de perdê-lo. Certo?! Considere que se trata da prestação do seu futuro. Vai deixar de pagar?! Acaso não tem medo de comprometer o seu próprio futuro?! Coragem! Você consegue!
Ao final do período, atingida a primeira meta, você terá acumulado uma pequena soma composta pelo capital investido acrescido de rendimentos do capital mais juros e ainda juros sobre os juros. Já tem o que comemorar! Parabéns!

03)- Dinheiro faz dinheiro e dinheiro que o dinheiro faz… Faz mais dinheiro!

Esse é o mantra de quem busca acumular recursos para enriquecer. Agora que suas ‘sementes’ já se multiplicaram e sua ‘árvore do dinheiro’ já cresce a olhos vistos, chegamos a segunda fase, e como você já aprendeu os princípios básicos de como ‘lidar com o dinheiro’, e seu objetivo está solidificado, a meta seguinte – mais 12 meses poupando e aplicando os mesmos duzentos reais já não te soará tão inatingível, e irá somar-se ao capital acumulado no ano anterior. É essa alavanca que fará com o bolo cresça em maior velocidade.
Essa motivação é essencial e é ela que vai levá-lo a observar o conselho seguinte. Não desanime! Confira seu saldo. Compare como estava antes e como está agora. Reveja seus planos e prossiga! Ainda falta bastante mas você está motivado!

04)- Tenha disciplina, seja persistente e perseverante.

Aprenda que essas não são meras palavras de ordem mas conceitos a serem aplicados. E não é nada fácil! As pressões do dia-a-dia, as necessidades psicológicas – e uma infinidade de fatores emocionais, conspiram contra seu objetivo. Aprenda que se a empresa ‘X’ lançou um novo modelo de telefone celular é por que toda uma cadeia produtiva se movimentou com um só objetivo: Fazer com que você comprometa o seu salário em prestações ou que gaste as suas economias comprando-o para que os investidores ganhem com os lucros. Investidores são ricos! E você quer ser rico! Então cuide do seu telefone celular para que ele não se estrague e você não tenha de desfalcar seu capital para atender uma necessidade.

05)- Aprimore sua ‘Educação Financeira’.

Agora que você já aprendeu a essência do processo e, enquanto trabalha, produz, ganha, atende as necessidades, poupa, aplica e acumula, considere que está se aproximando de um patamar no qual seus conhecimentos na área financeira precisam ser aprofundados, pois em breve irá dispor de um capital mais consistente e poderá ampliar seu leque de investimentos de forma a melhorar a rentabilidade e, para tanto, precisará saber identificar as oportunidades conhecendo os riscos.
Converse com seu gerente de banco, não se acanhe em fazer perguntas, busque relacionar-se com pessoas da área, pesquise na internet, aprenda sobre como opera o sistema bancário (Sabia que para sacar seu dinheiro em caixa eletrônico paga tarifas ao banco?), o sistema tributário (Sabia que a caderneta de poupança é o único investimento isento de tributação?), o mercado de ações (Você sabe o significado das siglas PP, PN, OP e ON?), o mercado imobiliário (Você sabe dizer qual o valor de mercado do metro quadrado de seu próprio apartamento?), o mercado de commodity (Você sabe o que é isso?). Perceba que, se usar seu capital para adquirir um imóvel ou um automóvel, estará trocando seu patrimônio financeiro – que te proporciona rendimentos com segurança e perspectivas de futuro, por patrimônio físico que te proporciona prazer pessoal imediato mas vem acrescido de despesas com manutenção, impostos e etc., e que nem sempre te proporcionará ganho real ao ser vendido.

06)- Estabeleça uma ampla ‘rede de contatos’.

Observe seu círculo de amigos. São do tempo de infância? Dos tempos de colégio ou da faculdade? Melhor rever isso! Mantenha suas ligações emocionais mas não se descuide de seus interesses. Ter amigos que atuam no mercado de capitais ou no mercado imobiliário pode significar ter acesso a informações preciosas, e que podem revelar boas oportunidades para se fazer bons negócios. Ser bem relacionado com profissionais bem posicionados em seu campo de atuação pode até mesmo gerar a chance de somar forças para aumentar o capital, aumentando o poder de barganha e adquirindo pechinchas que gerem elevados lucros em tempo menor. E lembre-se que lucros maiores significam acumular mais em menos tempo!

07)- Dividindo para ganhar.

Agora que você já tem alguns anos de investimento e acumulação, possui um capital inicial satisfatório, e aprimorou seus conhecimentos em finanças e mercado, vai ter de tomar uma decisão crucial: Segue acumulando em segurança ou se arrisca em vôos mais altos? Se o fator tempo te é favorável, manter o plano e prosseguir mais 12 meses poupando e aplicando os mesmos duzentos reais, somando-os ao capital acumulado nos anos anteriores e fazendo o bolo cresçer ainda mais, enquanto aprimora mais ainda seus conhecimentos, pode ser uma alternativa interessante, já que aumentará seu ‘poder de fogo’ e te dará mais segurança nos passos seguintes mas, se o tempo urge pode passar à fase seguinte e aí aplicará um conhecimento básico: Não se deve colocar todos os ovos numa mesma cesta!

08)- Comprando na baixa e vendendo na alta.

Manter parte do capital em um investimento seguro pode significar menor rentabilidade mas, também pode te dar a tranquilidade necessária para entrar no mundo volátil do mercado de capitais. Sabendo que tem uma reserva poderá ser mais ousado e tendo conhecimento poderá correr maiores riscos. Comprar ações de grandes empresas pode gerar dividendos maiores mas se der preferência àquelas que estão em ascensão pode ganhar muito mais na valorização dos papéis. Por outro lado, comprar partes de uma empresa acreditando que a mesma pode vir a ser bem sucedida no mercado também pode ser uma alternativa. Lembre-se que os melhores negócios não são anunciados.

09)- Comprar e hipotecar.

Sabe-se que nas grandes cidades os pequenos apartamentos tem maior procura e por isso são os mais valorizados na aquisição, ou na locação. Se você tem aplicações em um banco e com ele mantém boas relações, certamente tem crédito. E isso tem valor inestimável! Se comprar uma kitinete e alugá-la estará somando renda, mas deixará de ter capital. Mas, se comprar, alugar e hipotecar, terá a propriedade, com a hipoteca terá de volta o capital e, com o aluguel, pagará a prestação. Pode imaginar o potencial dessas operações na sua cesta de investimentos?

10)- Mantendo os pés no chão.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por quem consegue com esforço próprio galgar alguns degraus na árdua escalada da verdadeira montanha que existe entre os pobres – na base, e os ricos – no topo, é a chamada ‘embriaguês do sucesso’, que consiste básicamente em sucumbir à pressão e desfalcar seu capital para a aquisição de bens que – uma vez ostentados, mostrem aos outros as provas de seu sucesso. Não caia nessa! Um grande apartamento para morar vai gerar um grande gasto para manter, desviando recursos que poderiam gerar ganhos. Um carro novo, uma jóia ou objeto de alguma marca famosa, ou mesmo as indefectíveis ‘roupas de grife’, são tremendas tentações para quem sofreu para acumular e agora acredita que já pode gastar. Mas isso é um erro perigoso. Conceder-se um prêmio a cada meta atingida pode ser assimilado mas, interromper o processo acreditando poder retomá-lo mais adiante é um retrocesso que vai custar caro. Literalmente!

11)- Solidificando o ‘pensamento de rico’.

Pobres trabalham para se sustentar. Classe média trabalha pela ilusão de que não é pobre por isso pode consumir sem pensar no futuro. Rico trabalha apenas para administrar seus investimentos, pois sabe que os pobres precisam do salário para sobreviver, que a classe média precisa da renda para consumir e seguir vivendo, e que os empresários precisam de seu capital para seguir operando todo o sistema - pagar os salários pela mão de obra dos pobres para suprir a demanda de consumo da classe média. Assim é que o rico coloca o dinheiro para trabalhar enquanto busca novas formas de ganhar mais. Pense como um rico! Isso não é egoísmo. É objetividade!

12)- Definindo a riqueza.

Milionário: Aquele que possui um milhão de unidades monetárias ou mais. Assim diz o dicionário e assim é na cultura geral. No mundo real das finanças milionário é aquele que tem pobres e ricos – inclusive banqueiros, trabalhando para que ele aumente ainda mais a sua fortuna e ganhando em troca generosas comissões. Rico: Diz o dicionário que é… Aquele que possui muitos bens. A realidade nos mostra que rico é aquele que possui ativos - físicos ou financeiros, que geram renda suficiente para custear suas necessidades e proporcionar sobras para mais investimentos, de forma a preservar a riqueza senão aumentando-a. Percebe a diferença? Ser rico significa ter maior poder aquisitivo e esse é o verdadeiro objetivo para quem deseja atravessar o fosso e conquistar um melhor padrão de vida. A partir dai, pode-se tentar subir na escala e chegar a milionário mas aí, a jornada é bem mais longa e envolve enormes riscos, embora seja bem mais prazerosa.

13)- Para refletir.

Ganhar dinheiro, acumular capital, tornar-se um expert em investimentos, construir um patrimônio e conquistar a independência econômica e financeira. Este é o anseio de ricos e pobres, e só chega a ser alcançado de verdade quando se define objetivos, se estabelece metas e se impõe limites. De outra forma o natural instinto humano o levará a ser um escravo do dinheiro. Pense nisso antes de dar o primeiro passo!
Pense… O caminho é longo, exigirá sacrifícios e te levará aos limites do suportável.
Pensou? Decidiu? Vai iniciar a arrancada que mudará para sempre sua forma de viver a vida? Então preste atenção nos ensinamentos que se obtém observando a vida animal. Atenha-se ao pato. Um bicho quase perfeito. Nada, voa e caminha sobre a terra. Mas faz tudo isso mais ou menos. Não seja como o pato. Se quer mesmo tornar-se rico faça o que tem de fazer e faça de verdade! Talvez demore, mas terá sucesso!
E não se esqueça de preservar seus amigos enquanto busca atingir seu objetivo!
O maior prazer da riqueza é possuí-la e usufruí-la. Nunca em ostentá-la!
Que 2011 seja o ano em que você enriquecerá!
Boa sorte a todos. Grande abraço e sucesso!

PS.: Quem tiver dúvidas e desejar aprofundar o assunto pode mandar sua mensagem para haroldolago@hotmail.com

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